Monarquia: última esperança para o Brasil?
- Micael Thomas Scunderlick
- 11 de mar.
- 3 min de leitura
Artigo escrito por Micael Thomas Scunderlick

Recentemente a notícia de um futuro plebiscito, previsto para 2026, que almeja a restauração da monarquia parlamentarista no Brasil tem tomado protagonismo em muitos meios de comunicação, como jornais, podcasts, etc., mas o que de fato a restauração desse modelo de Estado, onde há uma real separação entre os poderes, impactaria o Brasil?
A começar, nosso atual modelo de Estado é a república federalista, cuja forma de governo é o presidencialismo, onde o presidente do país detém o poder tanto de Estado como de Governo, conferindo-lhe muitos poderes; este modelo é adotado pela maioria quase absoluta dos países da América Latina, como também da América do Norte. Mas qual o impacto deste modelo em nossas vidas?
Bem, para alguns é algo ainda desconhecido de que o Brasil nasce uma monarquia, que pela dimensão continental, pela variedade de culturas que englobam o Brasil, foi estabelecido um modelo Imperial de monarquia, tornando o Brasil o chamado “O Império das Américas” ou "Império dos Trópicos". O modelo monárquico contrapôs a linha republicana que dominou a América Latina, e os efeitos desse modelo, nos outros países do continente latino americano, se revelaram, principalmente, pela colcha de retalhos que este continente se tornou. Os vice-reinos, antes ligados pela coroa espanhola, afastaram-se de suas raízes e tradições para adotar um novo e totalmente estranho caminho que se popularizou na América após a Independência dos Estados Unidos: o republicanismo presidencialista. Tal fato não poderia ser mal fatal para a unidade da América, a fragmentação era resultado de intrigas políticas de governantes que, antes unidos pela influência da coroa espanhola, agora brigavam com unhas e dentes para defender seus próprios interesses, o que poderia ter acontecido no Brasil caso seguisse este mesmo caminho na alvorada de sua independência. Fato é que a monarquia não apenas conservou aa unidade territorial do então Reino do Brasil, encabeçado pelo rei português Dom João VI, mas manteve a unidade das culturas existentes no território nacional, unidas pela coroa. Temos, então, o primeiro ponto: a monarquia é a fonte da unidade nacional, baseada na tradição, representada pelo monarca.

Com o golpe militar de 1889, fundamentado em mentiras e recentimentos, descaradamente apelidado de “Proclamação da República”, surgiram as primeiras sementes do anseio expansionista dos poderes dos políticos; a política deixou de ser lugar de debate onde o povo era a principal preocupação para tornar-se naquilo cuja frase atribuída à Ruy Barbosa, um dos pais desiludidos com a jovem república, categoricamente afirma que: “No outro regime (a monarquia) o parlamento era uma fábrica de estadistas, já na república... o congresso é um balcão de negócios”.
Lotear cargos do poder executivo e conceder regalias virou a nova forma de governar; o presidente tornou-se a porca leiteira, e o Brasil, antes o Império das Américas, agora a República de Bananas.
O poder de Estado, encabeçado por pelo monarca, representante direito do Estado e do povo, e o poder de governo, chefiado pelo presidente do conselho de ministros, cuja liderança era mantida pela eficiência, era a base da estabilidade e progresso do Império. O que ganhamos com a ascensão da República Presidencialista? Instabilidades, crises, autoritarismo, corrupção, descaso com a população, etc.
O Brasil deve deixar de ser o "anão diplomático" e abraçar de vez o que o destino quer lhe presentear, a grandeza!
Havendo um plebiscito, o brasileiro deve dizer SIM à restauração da monarquia!
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