Criminalizar o Bolsonarismo? Tática velha dos revolucionários comunistas
- Micael Thomas Scunderlick
- 3 de abr.
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Artigo escrito por Micael Thomas Scunderlick

Quando falamos de uma recusa formal e a imposição de medidas contra tal ideologia ou movimento político democrático, somos constantemente referenciados na história pelos governos autoritários que perseguiram seus opositores, líderes, militantes e pessoas comuns com que despertem o mínimo de desconfiança do governo,, com a finalidade de suprimir revoltas, greves, manifestações e qualquer outra movimentação política que faça nascer uma oposição formal – seja a criação de um partido, seja a criação de uma bancada de oposição, etc. Mais, quando falamos de uma lei que proíba tal ideal que de nada tem haver com o inchaço do Estado, além de abrir um gigantesco precedente para o autoritarismo, dá total aval para que o Chefe de Estado assuma a responsabilidade de expurgar seus opositores do cenário político, exilando-os, prendendo-os, ou mesmo até assassinando-os.
A história comprova a predisposição do autoritarismo por parte dos “carrascos das más inspirações”. Temos, por exemplo, Gaddafi, Fidel, Stalin, Mao, Hitler, Pol Pot, Kim Il-Sung, Vargas, Mussolini, dentre outros homens que faziam da política um cenário de horrores contra aqueles que ousavam questionar seus poderes. Stalin, mais especificamente, não tornava proibida uma ideia em especial, mas todas as ideias que, de certa forma, divergiam com SEU pensamento – ou melhor dizendo, contra sua autoridade. No fundo, a “boa intenção” de uma sociedade “democrática” e “igualitária" daqueles paladinos da ética que tão bem conhecemos sempre tem como ponto de partida a utilização da força do Estado para atingir o fim desejado pelo governante: que é manter-se no poder acusando seus opositores daquilo que é e culpando-os daquilo que faz.Os ditadores modernos buscaram criminalizar seus opositores por meio de uma série de medidas que resultaram na perseguição contra quem pensa o contrário do que é formalizado como verdade absoluta por parte do governante sobre o pretexto de serem mentirosos, usurpadores, opressores, “contra o povo” – o que houve durante a Revolução Cultural Chinesa de 1966-1976, por exemplo. Vale lembrar que em O Livro Vermelho, de Mao Tsé-Tung, no Capítulo IV, sobre as contradições no seio do povo, é bem explícito sua consideração sobre quem é o povo e quem é contra: “todas as classes, camadas e grupos sociais que apoiam a causa socialista, entram na categoria de povo, enquanto todas as outras classes, camadas e grupos sociais que resistem à revolução socialista e hostilizam ou sabotam a edificação socialista são inimigos do povo”. “Povo”, portanto, não é senão o que grande líder pensa ser. Longe de pensar que o reinado maligno de Mao morresse junto com o próprio, ou de que suas ideias arcaicas nunca mais seriam empregadas.
Mais especificamente falando sobre a realidade do Brasil, estamos assistindo um verdadeiro espetáculo de horrores na política, encabeçada por Lula, que, com apoio de sua base de deputados, está, por todos os meios possíveis, cerceando a liberdade do brasileiro com a finalidade de consolidar-se como líder inquestionável do Brasil, convertendo-se num ditador. Os meios, como bem já sabemos, utilizam-se de fantoches – Fake News, discurso de ódio, dentre outros modos que buscam classificar o opositor do “grande líder” como um sujeito “contra o povo”. Em verdade, o Comunismo espalhou seus erros pelo mundo.
Atualmente não se tem ainda medidas explícitas por parte dos déspotas brasileiros sobre a proibição do conservadorismo formalmente, mas sim suas particularidades, apelando para aquele velho discursinho de homofobia, intolerância, etc., imputando ao conservador tais adjetivos. O fato de ainda não haver um projeto de criminalização formal do conservadorismo não é por compaixão por parte dos déspotas, é para que os opositores, com plena ciência sobre as medidas cada vez mais ultrajantes contra os conservadores, sejam vistos como teóricos de conspirações.Atacam, por outro lado, as personalidades que mais representam os conservadores, que no Brasil é o Bolsonaro. Mas como haveria de atacar a personalidade política sem alertar a sociedade? A resposta é: ataque a ideia para atingir a pessoa.
O Deputado Federal André Janones (AVANTE-MG) noticiou que está estudando criar um projeto para criminalizar o bolsonarismo. Pois bem, façamos algumas perguntas: o que é o bolsonarismo? Quem é o principal ideólogo do bolsonarismo? Posso responder com certeza: o chamado bolsonarismo não é uma ideologia. Se não é uma ideologia, não existe um ideólogo. Porém, se o bolsonarismo não é uma ideologia, e não existe um ideólogo, como poderia ser caracterizado como crime um idealismo político que simplesmente não existe? Simples: considerando o fato de que “bolsonarismo” está mais para a conjuntura de pensamentos de uma pessoa – Jair Bolsonaro – do que para um idealismo político, como o liberalismo ou tradicionalismo, André Janones pretende criar a ideologia “bolsonarismo” segundo suas próprias ambições de criminalizar o conservadorismo, e, como meio, tenta formalizar o bolsonarismo como uma ideologia de aspecto nazifascista. Criminalizar o bolsonarismo não é criminalizar uma ideia, uma vez que não existe, é criminalizar o próprio Bolsonaro ao inventar que este tenha aspirações totalitárias! Se obtiver êxito em seu pérfido projeto, haverão medidas culturais – como a criação de documentários, fomento de palestras em escolas e universidades, exposição de documentos forjados, incentivos para a grande mídia agir, e todo tipo de ação para demonizar Bolsonaro e torná-lo um exemplo a não ser seguido – bem como medidas judiciais – processos criminais contra todos aqueles acusados do que não são por aqueles que fingem não ser. André Janones aprendeu muito bem com Mao Tse-Tung como se faz uma Revolução Cultural, mas resta ao senhor André saber que Mao não apenas perseguiu partidários do Kuomintang e Stalin não perseguiu apenas os Monarquistas.
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